Bolsonaro justifica cortes de patrocínios culturais da Petrobras
O presidente compartilhou um vídeo editado que cita produções que não receberam patrocínio da estatal
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O presidente compartilhou um vídeo editado que cita produções que não receberam patrocínio da estatal
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) justificou ontem, 21, por meio de suas redes sociais, a decisão de seu governo de rever os cortes nos patrocínios culturais da Petrobras.
Em nota publicada em suas contas no Twitter e Facebook, o presidente explicou que a medida tem o objetivo de respeitar a aplicação do dinheiro público e investigar o verdadeiro direcionamento desses recursos, que supostamente são aplicados na cultura.
“Respeitando a aplicabilidade do dinheiro público, determinamos a revisão dos contratos vigentes e possibilidades futuras da Petrobras ligados ao setor que alguns dizem ser de cultura. A ordem é saber o que fazem com bilhões da população brasileira”, argumentou Bolsonaro.
Para justificar a revisão desses recursos, o presidente também compartilhou o lado da nota, o link de um matéria veiculada pelo programa “Globo News em Pauta” na sexta-feira, 19. O material publicado no youtube, no entanto, está editado e insere imagens de produções cinematográficas que não receberam patrocínio da estatal.
A montagem, por exemplo, insere imagens do longa-metragem “Hoje eu Quero Voltar Sozinho”, de Daniel Ribeiro, que narra a história de um amor homossexual e foi alvo de polêmica de crítica e público. Outra película citada é o filme “Lula, o Filho do Brasil”, que em sua abertura afirma não ter feito uso de qualquer lei de incentivo e recebeu patrocínio das empreiteiras Odebrecht, OAS, Camargo Côrrea e outras 14 empresas privadas. Os dois projetos citados não foram patrocinadas pela Petrobras.
O Programa Petrobras Cultural, lançado em 2003, que patrocina projetos de música, artes cênicas e audiovisual, já foi considerado uma referência de política pública para o setor no país. Segundo a estatal, mais de 4.000 ações já receberam ajuda do programa.
Desde fevereiro, a petroleira vem revendo seu apoio aos projetos culturais por ordem do governo federal. Nesse mesmo mês, houve cortes do apoio financeiro a 13 contratos de destaque, entre eles, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Esta será a primeira vez, em 20 anos, que a empresa não patrocinará o evento.
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