A edição extra do Diário Oficial desta terça-feira (30) trouxe mudanças na lista de medicamentos oferecidos pela rede pública de saúde de Campo Grande. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) publicou uma resolução que atualiza a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais e passa a valer imediatamente em postos, unidades de pronto atendimento e serviços especializados. Na prática, a nova lista amplia o acesso a remédios considerados mais eficazes e seguros e retira itens que estão em desuso, perderam respaldo científico ou enfrentam problemas recorrentes de compra. Entre as novidades está a inclusão do ácido fólico em gotas, usado na prevenção da anemia, especialmente em gestantes, crianças e mulheres no pós-parto. Medicamentos voltados à saúde mental, como a sertralina, e ao tratamento de epilepsia, como o ácido valpróico, também passam a integrar a lista em unidades que contam com um farmacêutico. Na área de urgência e emergência, a atualização garante a oferta do clopidogrel (antiplaquetário), usado em casos cardíacos específicos, seguindo protocolo médico. Também amplia o uso de antibióticos mais modernos, como o levofloxacino (antibiótico), indicado para infecções mais graves. Remédios para controle da pressão arterial em gestantes, como a hidralazina, e opções mais seguras para náuseas e vômitos, como a ondansetrona, também entram ou passam a ser padronizados em mais unidades. A resolução também amplia o acesso a medicamentos que já existiam na rede, mas não estavam disponíveis em todos os pontos de atendimento. É o caso de antivirais, antialérgicos, medicamentos para diabetes e reposição hormonal da tireoide, que agora poderão ser encontrados com mais facilidade na rede municipal. Por outro lado, a lista exclui medicamentos considerados ultrapassados, com maior risco de efeitos colaterais ou sem comprovação científica suficiente. Entre eles estão a cinarizina, a metoclopramida e a ranitidina, esta última já proibida no país desde 2020. Segundo a Secretaria, esses itens foram substituídos por alternativas mais eficazes e seguras, já disponíveis no SUS. A atualização também padroniza nomes técnicos de diversos medicamentos, uma medida que não altera o tratamento do paciente, mas reduz o risco de erros na prescrição e na dispensação. De acordo com a Sesau, as mudanças buscam alinhar Campo Grande às diretrizes nacionais, melhorar a segurança dos pacientes e tornar mais eficiente o atendimento na rede pública.