Turistas são agredidos em Porto de Galinhas após cobrança por uso de cadeiras de praia
Um casal de turistas foi agredido por comerciantes na praia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco, após se recusar a pagar por um suposto aumento no valor cobrado por uso de cadeiras de praia. Segundo as vítimas, o valor teria passado de R$ 50 para R$ 80 sem qualquer aviso prévio.
Os empresários Johnny Andrade e Cleiton Zanatta contaram ao g1 que estão de férias e chegaram à praia por volta das 10h. O barraqueiro teria informado a dupla que, caso não houvesse consumo de petiscos, o aluguel das cadeiras seria de R$ 50.
“Ainda descendo próximo das barracas, um cara já veio e abordou a gente querendo oferecer o serviço dele. Ele ofereceu o valor das cadeiras por R$ 50 e disse que se a gente consumisse os petiscos dele, a gente não ia pagar o valor das cadeiras e da barraca. (…) Era umas quatro horas da tarde quando a gente pediu a nossa conta. Aí ele falou: ‘eu vi que vocês não consumiram o petisco, então agora eu vou cobrar R$ 80 da cadeira de vocês'”, contou.
O casal se negou a pagar o valor e, ao questionar o motivo da mudança no preço, Johnny afirma que foi agredido em seguida. O empresário afirmou que ele e o marido consumiram duas águas de coco na barraca no período em que estiveram no local.
“Eu falei: ‘cara, isso você não explicou para a gente. Até então você tinha cobrado R$ 50, agora quer cobrar R$ 80. Não, não vou te pagar R$ 80, vou te cobrar o valor que a gente realmente havia combinado’. (…) Aí nisso ele já pegou uma cadeira e arremessou na minha cara. Eu me defendi com o braço, mas quando eu vi, já tinha caído no chão e aí juntou outros barraqueiros”, relatou.
Ainda de acordo com o empresário, cerca de 20 pessoas participaram das agressões. As vítimas acreditam que as agressões foram motivadas por homofobia. “Tinha aproximadamente uns 15 a 20 barraqueiros me batendo. Cleiton, meu companheiro, estava próximo e pediu para eles pararem com aquela agressão e saiu correndo para o outro lado para pedir ajuda. Eu acredito também que foi algo homofóbico também porque eles perceberam que nós somos um casal gay”, disse.
Ajuda
Johnny conta que guardas-civis ajudaram o casal, que foi retirado e levado à Delegacia de Porto de Galinhas. Antes disso, as vítimas buscaram atendimento médico, mas afirmaram que todo o trajeto foi feito via transporte por aplicativo, já que não houve oferta de ambulância.
“O salva-vidas levou a gente para a delegacia e pediu para a gente descer. Aí o escrivão só nos ouviu. A gente contou o que tinha acontecido e como a gente estava machucado, eles falaram: ‘olha, vocês precisam ir para o hospital, mas a gente não consegue levar vocês para o hospital’. A gente pediu um Uber e foi para o hospital de Porto, aí de Porto de Galinhas”, contou.
A vítima precisou ir em um hospital em Ipojuca, já que em Porto de Galinhas não tinha aparelho de Raio-X. Na unidade de saúde, os exames de imagens constataram fraturas. Johnny foi medicado e liberado para continuar o tratamento em casa.
Por meio de nota, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) informou que, quando as forças de segurança chegaram ao local, a situação já estava controlada. A corporação disse ainda que a apuração do caso é tratada como prioridade, com o objetivo de identificar e responsabilizar todos os envolvidos.
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